A Chapada Diamantina está na lista de destinos brasileiros com alta conexão com a natureza! Reuni algumas dicas e as principais atrações do parque.
Onde fica a Chapada Diamantina?
O Parque Nacional da Chapada Diamantina fica no estado da Bahia, a 420 km de Salvador, e ocupa uma área de 1.520 quilômetros quadrados. Bastante extensa, a região conta com 24 municípios, o destaque é para Lençóis, Mucugê, Vale do Capão e Andaraí.
Como ir de Salvador a Chapada Diamantina?
Apesar da distância, é fácil ir de Salvador a Chapada Diamantina. É possível ir de avião, mas a frequência de voos é bem baixa, com veículo particular ou ainda optar pelo ônibus. A viagem por via terrestre dura cerca de 5 horas.
Vou ensinar o caminho do Aeroporto Internacional de Salvador até a Chapada Diamantina de ônibus que é bem tranquilo de fazer!
- Pegue um ônibus gratuito no aeroporto que vai até o metrô. É bem perto!
- Embarque no metrô em direção ao centro e desça na estação da Rodoviária de Salvador. O metrô é moderno e confortável.
- Na Rodoviária de Salvador opte pelo ônibus que vai ao município em que você vai se hospedar na Chapada, no meu caso eu fui para Lençóis. Comprei a passagem com antecedência pela internet.
No Terminal Rodoviário de Lençóis, fui andando até a minha hospedagem. Aliás, dentro da cidade, acho que dá para fazer tudo na base da caminhada mesmo. Não vejo muito sentido tentar andar de carro pelas pequenas ruas cheias de pessoas.
Onde se hospedar na Chapada Diamantina?
A Chapada Diamantina é bastante extensa e passa por vários municípios com atrações espalhadas entre eles. As principais bases para desbravar a região são Lençóis, Vale do Capão (Caeté-Açu), Mucugê e Igatu (Andaraí).
Os tipos de hospedagem vão de pousadas a acampamentos, passando pelas casas de moradores, hostel e até qualquer cantinho que caiba uma rede para dormir.
Ache sua hospedagem na Chapada Diamantina!
Dica: a principal base é Lençóis e foi lá em que eu me hospedei, mas acho que para quem tem tempo é legal dividir entre, por exemplo, Lençol e Mucugê. Ainda é possível passar uns dias acampando nas trilhas pelo Vale do Pati.
Atrações de Lençóis
Como a maioria dos visitantes ficam por aqui, vou falar um pouco o que esperar da cidade.
Na Rua das Pedras, na Rua da Baderna e na Avenida Sete de Setembro estão restaurantes, bares, sorveterias, padaria, mercado e farmácia. A área fica bastante movimentada à noite com música ao vivo e pessoas passeando.
Ao lado da Pracinha do Coreto está o Teatro de Arena. Tive o privilégio de assistir a uma sessão de cinema ao ar livre lá e foi inesquecível. Haviam esteiras no chão para sentar, uma introdução sobre o documentário que falava de manifestações religiosas no Brasil com apresentação de música e de dança.
O Fuxico fica um pouco fora dessa área, mas tem música ao vivo, algumas manifestações artísticas e cerveja gelada. Ao seu lado está o A Cor do Dendê com acarajé e abará maravilhosos.
Trilhas próximas de Lençóis
Cachoeira da Primavera, Cachoeirinha e Serrano
Suba a rua detrás da Prefeitura, vire a direita depois de passar pela Embasa e você já estará no começa dessa trilha. Não precisa de guia para fazê-la, pois ela é bem cheia, dá para pedir informações – não para os guias porque eles vão te odiar por não tê-lo contratados – e seguir algumas indicações no caminho.
Mesmo sendo fácil, consegui me perder bem no comecinho e ao invés de virar na Embasa, fui reto. Pelo menos a vista da cidade de cima da montanha foi bonita, mas não foi fácil achar o caminho de volta, só Oxóssi na causa. Então, presta atenção no caminho!
No trecho entre a Cachoeirinha e a Cachoeira da Primavera há um Mirante de Lençóis e perto do Serrano o Salão de Areias Coloridas.
O Serrano é bastante cheio pela proximidade com a cidade, mas tem bolsões de água com vista para Lençóis que parecem banheiras naturais de hidromassagem.
Cachoeira do Sossego, Ribeirão de Cima e Ribeirão do Meio
A trilha partindo do Centro Histórico de Lençóis até a Cachoeira do Sossego não é lá muito fácil, mas bastante compensadora. A Cachoeira do Sossego é muito bonita e ainda tem aquela sensação de eu consegui ao chegar lá.
O percurso é feito na maior parte sobre pedras e por isso a dificuldade do acesso. Não esqueça de levar comida e garrafa de água que podem ser enchidas no caminho na bicas de águas cristalinas. Em relação a comida, você pode investir nos enlatados – tipo atum e milho -, frutas e pães.
Nos Ribeirões também há aquelas tipo banheiras de hidromassagem naturais e quedas d´água. Foram cerca de 18 km no percurso todo.
Dicas: não tente fazer a trilha sem um guia, muitas pessoas já se perderam por lá achando que iriam conseguir achar o caminho, não é frescura. Para achar um guia local, você pode ir até a Associação dos Guias de Lençóis, na Avenida Sete de Setembro.
Passeios pela Chapada Diamantina
Para quem está sem veículo próprio, o melhor é fechar os passeios com as agências mesmo. Eles são oferecidos nos mais diferentes locais da Chapada e vale negociar o preço.
Se estiver de carro, é bom ir la na Associação e contratar um guia para te acompanhar.
Para quem é novo pela Chapada, é bom começar pelos passeios básicos e o mais comum é o que passa pelo Poço do Diabo, Gruta Azul, Gruta da Pratinha, Gruta da Lapa Doce (ou Gruta da Torrinha) e finaliza com o pôr do sol no Morro do Pai Inácio.
Outros passeios tradicionais são do Poço Encantado e Poço Azul, Cachoeira do Buracão com Cachoeira das Orquídeas, Recanto Verde e Buracãozinho e Cachoeira da Fumaça por cima com Riachinho e Cachoeira do Mosquito.
Cachoeira e Poço do Diabo e Rio Mucugezinho
O acesso aqui é bem fácil, pois fica à margem da BR-242. Na entrada há uma lanchonete e uma lojinha de souvenires. No decorrer do caminho você passa pela cachoeira, pelo poço e vai até o rio. Pode tomar banho e até se aventurar no Poço do Diabo. A água é fria, mas sempre acho que vale a pena.
Gruta Lapa Doce
Na Gruta Lapa Doce você recebe alguns equipamentos, como capacete e lanternas, e faz um passeio subterrâneo incrível. Dentro da caverna, você pode ver espeleotemas, estalactites e estalagmites, que são aquelas formações rochosas.
Gruta da Pratinha e Gruta Azul
As duas grutas fazem parte de um passeio pela Fazenda Pratinha que é uma propriedade particular que oferece infraestrutura para o visitante. Na Gruta Azul você pode apenas observar o local, já na Pratinha, é possível fazer flutuação, pagando um valor a parte.
Morro do Pai Inácio
Cenário de tirar o fôlego para um pôr-do-sol inesquecível. O Morro do Pai Inácio proporciona uma vista incrível da região, do Morros do Camelo e os Três Irmãos.
Pantanal Marimbus e Roncador
Pantanal de Marimbus e Roncador não é um passeio tradicional, mas eu amei e super recomendo.
Ele começa em um quilombo próximo ao do Rio Marimbus. Quando fui, às margens do rio haviam mulheres lavando roupas e é dali que saem os barquinhos que percorrem o rio.
O passeio pelo rio proporciona um estado de calma e observação da natureza intocada, mesmo eu estando com medo dos animais que vivem por lá.
Após uma faixa de areia, é preciso atravessar o rio andando, caminhar pela mata e seguir por uma trilha até o Roncador. Leve repelente, chinelo e capriche no protetor solar!
As piscinas naturais e as mini cachoeiras do Rio Roncador são lindas e mais um ponto de tranquilidade e de muita beleza natural. O contraste entre a cor clara das pedras com a escura da água é incrível!
O almoço é em um antigo casarão da época do garimpo com fogão a lenha e cachaças diferentes. A maioria dos passeios tem a refeição inclusa ou ela custa cerca de R$ 30.
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