Passeio pela Rio-Santos

Rio-Santos: viagem pelo Litoral Norte de SP e Paraty

Durante a transição de um emprego pra outro, decidi fazer uma viagem de última hora e com pouco tempo. Peguei o Nathan (um Ford Ka que me acompanhou por 8 anos), água, comida e sai sem rumo pela Rodovia Rio-Santos.

Rodovia Rio-Santos

A Rio – Santos é um trecho da BR 101 que interliga a região de Santos, no litoral de São Paulo, ao Rio de Janeiro. Eu percorri a estrada da saída da Rodovia dos Imigrantes (SP) até Paraty (RJ).

O percurso é feito em um cenário que merece ser apreciado com atenção, de um lado está a Serra do Mar e do outro o Oceano Atlântico. No caminho vários pontos e cidades merecem uma parada.

Antes dessa viagem, eu achava que odiava dirigir, mas depois vi que o problema era ter que encarar a rotina e o trânsito das cidades.

Hospedagens

Não reservei nenhuma hospedagem com antecedência, o que eu fazia ao chegar em algum lugar que queria passar a noite ou já estava bem cansada era abrir o Booking.com e buscar um local para ficar.

Sempre reservava somente uma noite e depois negociava direto com o lugar caso quisesse ficar mais.

Quando não achava nada, ia direto no hostel e tentava conseguir uma cama. Em Ubatuba deu bastante certo, mas em Trindade nem tanto e até desisti de dormir por lá e fui a Paraty.

Vou colocar aqui os lugares em que eu fiquei hospedada no decorrer da viagem, todos são simples, mas eu recomendo:

Dica: recomendo se hospedar perto do centro em todas as cidades. Dessa forma, você consegue curtir as atrações noturnas, comer, ir a lojas e mercados sem ter que pegar o carro. Além disso, estar numa área centralizada facilita na hora de fazer os passeios. Em Ubatuba, Itaguá é a região central que eu recomendo para ficar.

Paradas durante a viagem pela Rio-Santos

Tracei com antecedência alguns lugares que gostaria de conhecer no trajeto pela Rio-Santos, mas também estava aberta a parar onde me desse vontade. Foi bem uma viagem na vibe “Deixa a vida me levar”.

Primeiro dia – De São Paulo a Maresias

Comecei as paradas da trip em Juqueí, pois já havia visitado as outras praias antes dela em outras oportunidades.

De São Paulo a Juqueí as minhas praias preferidas são a Prainha Branca e a Barra do Una, mas há ainda Bertioga, Riviera de São Lourenço e Boraceia para visitar.

Passei por Juqueí, Barra do Sahy, Praia da Baleia, Camburizinho, Boiçucanga e cheguei a Maresias já à noite.

Em Maresias, visitei o Beco da Mulher da Maravilha – viela com grafites – e aproveitei um pouco da noite andando pela praia, cheia de festas de casamento, por uma pracinha que tem lá e pela área dos restaurantes e lojinhas.

Segundo dia – De Maresias a Ilhabela

Aproveitei um pouca da Praia de Maresias, fui à Praia do Paúba e a Praia do Toque-Toque Pequeno.

Depois segui para Ilhabela a tempo de estar lá em segurança quando começou uma das maiores tempestades/ventanias da história da cidade. Graças ao fato de na última hora eu ter decidido ir de carro ver o Pôr do Sol na Praia do Perequê e ter saído rápido de lá ao ver as nuvens negras se aproximando. Foram momentos bastante tensos e de muita destruição!

Sendo assim, a minha noite foi de tentar ajudar barqueiros, ver os estragos no centro, conversar com as pessoas do hostel – que eram mergulhadores impedidos de sair da cidade pelo fato da balsa estar fechada para travessia, comer coletivamente e me divertir mesmo sem energia elétrica.

Terceiro dia – De Ilhabela a Ubatuba

Ilhabela

O sol voltou a brilhar e eu consegui aproveitar o dia seguinte em Ilhabela, eu já conhecia um lado da ilha que tem a Praia da Feiticeira, do Julião e do Curral, então, fui até a Praia do Jabaquara e da Armação.

Dicas: você já deve ter ouvido falar dos borrachudos de Ilhabela, eles vão te picar em áreas que você nem imagina, então, capricha no repelente, principalmente a base de citronela.

De volta a estrada, passei por Caraguatatuba e segui até Ubatuba. Foi bem cansativo, pois a ideia era dormir em Maranduba, mas não achei hospedagem e decidi seguir até Itaguá que é o melhor lugar para se hospedar em Ubatuba!

Quarto dia – Ubatuba

Fui da Praia de Fortaleza até a Praia de Itamambuca, apenas passando por algumas praias no caminho e parando em outras para aproveitar um pouco.

Nesse trecho da Rio-Santos estão a Praia Brava, a Praia da Costa, a Praia Vermelha do Sul, a Praia Dura, a Praia do Lázaro e a Gruta que Chora, em Sununga.

A Praia das Setes Fontes, a Praia do Flamengo, o Saco da Ribeira, a Praia de Santa Rita e a Praia da Enseada.

Além de Toninhas, Praia Grande, Praia do Tenório, Praia do Perequê-Açu, Praia Vermelha do Centro e Praia Vermelha do Norte.

Dica: pare onde tem mais a ver com o seu perfil de praia preferida e quanto mais tempo de viagem, mais você pode explorar melhor cada uma delas!

Quinto dia – Ubatuba, Trindade e Paraty

Trindade

Dia de passeio de barquinho! Passei antes pelas Praias do Português, do Felix, da Concha e do Prumirim até chegar a Praia do Puruba para a travessia até a Ilha das Couves.

Conheci a Praia Brava do Camburi e de lá fui para Trindade. Aliás a estradinha para chegar a Trindade é super ingrime e perigosa, tem que ter atenção. A subida para meu carro 1.0 foi tensa.

Em Trindade, deu tempo de ver a Praia dos Ranchos e curtir o pôr do sol na Praia do Cepilho. Tentei lugar para ficar por lá e até no vilarejo que leva para a Praia do Sono, mas já era tarde, acabei desistindo e mesmo cansada segui até Paraty.

Sexto dia – Paraty

Fiz o tradicional Passeio de Escuna em Paraty que pode ser negociado direto no Porto de Paraty. Ele tem 4 paradas: Praia da Lula, Praia Vermelha, Ilha Comprida e Lagoa Azul. É tudo muito lindo!

Andei bastante pelo Centro Histórico, aproveitei a música ao vivo no caminho e sentada na praça, comi e tropecei em todas pedras do chão de paralelepípedo durante esse percurso.

Fui ao Sesc de Paraty e vi a mostra de uma mulher que cresceu no mesmo bairro periférico de SP que eu e com o nome até com a mesma grafia do que a minha. Nathalia Leal é uma artista feminista incrível!

Sétimo dia – Paraty, Praia do Sono e Cunha

Voltei um pouquinho para perto de Trindade e fiz a trilha rumo a Praia do Sono. Amo praias mais vazias, sem estrutura e que me transmitem uma energia boa e a Praia do Sono é tudo isso!

Deixei o carro na entrada da trilha e tive que pagar por isso, mas depois pude tomar banho frio com a água vinda de alguma cachoeira na casa do guardador.

Você também pode ir até praia de barco, mas é mais caro. Eu gosto de fazer trilha, economizar dinheiro e não ficar na dependência de ninguém.

Voltei a Paraty para achar um lugar para dormir, mas decidi seguir viagem, agora rumo ao caminho de volta para casa.

Ao invés de voltar pela Rodovia Rio-Santos, optei por pegar a Estrada Imperial, a RJ-165, que liga Paraty a Cunha. Já era noite, eu não estava enxergando muito bem, o meu carro era 1.0 e foi tenso fazer a subida da serra. Por isso, decidi parar em Cunha e passar a noite por lá.

Em Cunha estava acontecendo a Festa do Pinhão com barraquinhas de todos os tipo de receitas feitas com Pinhão e ainda algumas atrações musicais. Foi um final surpreendente para essa aventura!

Oitavo dia – De Cunha a São Paulo

Hora de voltar para casa, seguindo pela Rodovia Paulo Virgínio até Guaratinguetá e voltando direto pela Dutra até minha casinha em São Paulo. Que viagem incrível!

Se quiser continuar a viagem pela Rio-Santos, veja o que fazer em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro!

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