O que fazer em Belém do Pará?

O que fazer em Belém do Pará? Cores, gostos e aromas. Música, dança e artesanato. Cultura cheia de personalidade. Natureza vibrante. Riqueza nos detalhes. Isso e muito mais você só vai encontrar na capital paraense. 

A minha relação com Belém começou bem antes de eu conhecer a cidade, convivi durante muito tempo com um grande amigo do Pará em São Paulo. Com ele, aprendi sobre as gírias, o sotaque, a cultura e mergulhei na culinária local.

Em Paris, que improvável, conheci o Carimbó e passei ótimos momentos escutando as histórias de vida de mais dois amigos paraenses. Tudo isso fez com que minha visita fosse ainda mais especial!

Atualmente, depois de muitas idas ao Pará, que vão além de Belém, minha relação com o estado só se intensificou.

Quantos dias ficar em Belém do Pará?

Para conhecer as principais atrações, acredito que três dias sejam o suficiente. Se tiver mais tempo, melhor, dá para fazer tudo com calma e ainda aproveitar outras cidades, ilhas e vilas paraenses, como: Ilha do Marajó, Salinópolis, Mosqueiro, Barcarena, Bragança, Cotijuba e Algodoal.

Além disso, vale extender a viagem para ir até Alter do Chão.

O que você precisa saber antes de ir a Belém?

Assim como nas grandes capitais brasileiras, é preciso estar atento à segurança em Belém. Por isso, é preciso cuidar dos seus pertences, evitar andar à pé durante a noite, buscar sempre circular nas áreas mais movimentadas, checar a placa antes de entrar em carro de aplicativo, não pegar qualquer embarcação.

Onde se hospedar em Belém do Pará?

Acredito que valha se hospedar em Umarizal, Nazaré, Batista Campos e São Brás. Campina é um bom bairro referente à localização, pois nele estão muitas das atrações turística, porém é a região central e pode ser um pouco mais perigosa durante à noite.

Reserve a sua hospedagem em Belém do Pará!

Principais pontos turísticos de Belém do Pará:

Estação das Docas

A Estação das Docas foi construída como forma de revitalização do antigo porto fluvial de Belém e deu muito certo. O espaço é incrível e reúne ótimos restaurantes, bares e até área para eventos. Vale a visita!  

Passeio de Barco – Orla ao Entardecer

Da Estação das Docas sai o passeio de barco mais tradicional de Belém, o Orla ao Entardecer. A experiência é ótima! A navegação é feita pela Baía Guajará e pelo Rio Guamá e permite a observação das belezas urbanas de Belém e da natureza da Amazônia. Tudo isso com muita música e danças típicas.

O passeio é feito pela Valeverde Turismo e geralmente às quartas-feira há um preço promocional.

Complexo Ver-o-Peso

Feira do Açaí

Por volta das 5 horas, é possível observar o descarregamento dos barcos e a comercialização do açaí. O fruto é transportado das comunidades para Belém por meio de embarcações que navegam pela Baía do Guajará.

Mercado do Peixe

É legal reparar na área ao redor do Mercado do Peixe com seus barcos que trazem os frutos do mar para serem vendidos na feira. A pesca é uma das principais atividades da região.

Barracas diversas

O ponto alto da visita ao Complexo Ver-o-Peso são as barracas com grandes variedades de farinhas, ervas para curar qualquer coisa e ainda dar energia, frutas variadas, produtos industrializados e refeições a baixo custo. Ótimo local para provar o açaí com peixe e mergulhas na cultura paraense!

Theatro da Paz

O Theatro da Paz é um espaço histórico que faz com que voltemos um pouco no tempo e tentemos imaginar como era a região amazônica na época do Ciclo da Borracha. Aconselho tentar fazer a visita guiada, pois o aprendizado será maior e você poderá saber mais sobre cada detalhe do edifício.

Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré

A basílica foi construída no local em que a imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi encontrada, seguindo um estilo arquitetônico eclético. Essa é a única Basílica da Amazônia Brasileira. Além da beleza estética, o local emana boas energias e é um símbolo da fé paraense.

Museu Paraense Emílio Goeldi

O nome é de museu, mas de museu mesmo só uma pequena parte. O espaço Emílio Goeldi reúne plantas e animais – que possibilitam ao visitante estar ainda mais próximo das riquezas da Amazônia na parte urbana de Belém – em seu Parque Zoobotânico. E, ainda, abriga um importante centro de pesquisas federal.

Parque Estadual do Utinga

O Parque Estadual do Utinga foi revitalizado para desenvolver o turismo ecológico local. Desde então, esse centro de pesquisa de espécies da Amazônia passou a receber locais e turistas que buscam momentos de paz e de contato com a natureza em Belém.

Cidade Velha

Forte do Presépio! 

Quer uma vista incrível da Baía do Guajará, do Complexo Ver-o-Peso e da Estação das Docas? Suba as muralhas do Forte do Presépio e já prepare a câmera para garantir lindas fotos de Belém do Pará.

Museu Casa das Onze Janelas

Este Centro Cultural também tem um cantinho com vista para a Baía de Guajará e é um ponto importante de exposições de artistas paraenses. As obras consistem em intervenções, arte moderna e contemporânea, e fotografias.

Atualmente no local funciona o Restaurante a Casa do Saulo com um cardápio recheado de sabores da Amazônia.

Praça Frei Brandão 

O ponto é uma ótima referência para visitar as atrações da Cidade Velha, pois elas estão todas ao seu arredor. O destaque é a Catedral da Sé Metropolitana de Belém. A procissão do Círio de Nazaré sai da Catedral e vai até a Basílica.

Igreja Santo Alexandre

A igreja abriga o Museu de Arte Sacra que é aberto à visitação. O que mais me atraiu nele foram as imagens de santos esculpidas em madeira. Já fico pensando quanto foi difícil produzir essas obras.

Museu do Círio

Foi bem difícil de eu achar esse museu. Moradores e taxistas não o conheciam e me indicavam um outro local que já não existe mais. Ele fica bem próximo ao Museu de Arte Sacra a caminho do Ver-o-Peso. O Círio de Nazaré é uma das festas religiosas mais importantes do Brasil.

Mangal das Garças

Quer vista panorâmica da cidade? Vá ao Mangal das Garças! Além do parque ser muito bonito, ele conta com o Farol de Belém, uma torre de observação de 47 metros de altura. Aproveite para curtir a fauna e a flora locais, o restaurante, o Memorial Amazônico da Navegação e muito mais.

Espaço São José Liberto

O mais curioso do Espaço São José Liberto é que ele já foi muita coisa: convento, olaria, quartel, depósito de pólvora e hospital. Mas, o local ficou conhecido mesmo pelo seu longo período como presídio.

O que antes eram celas e espaços comuns de uma cadeia, hoje são salas e espaços para a exposição e comercialização de artesanato local. Além de abrigar um Polo Joalheiro, o Museu de Gemas do Pará e uma singela capela.

Igreja de Nossa Senhora das Mercês

O mais interessante dessa igreja é pensar que ela já foi um convento feito de taipa e palha, foi reconstruída em alvenaria de pedra, sofreu com um incêndio parcial e, em 1986, foi restaurada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

Ilha do Combu

O mais legal da Ilha do Combu é poder ver de perto como vivem as comunidades em meio a floresta. A locomoção por barcos, a produção do cacau e do açaí.

Além disso, a culinária é incrível na região com destaque para o chocolate artesanal da Dona Nena e os peixes das barracas como do Saldosa Maloca (é com L mesmo) e do Boá na Ilha. Leve roupa de banho, porque você vai querer tomar um banho de rio!  

Como chegar à Ilha do Combu?

Vá a Estação Hidroviária que fica na Praça Princesa Isabel, lá você compra o seu ticket e avisa em qual restaurante gostaria de descer.

Na primeira vez que fui a ilha, escrevi e vivi o que relatei abaixo, porém, muita coisa mudou. Entre elas, o fato de que o porto foi reformado e não lembra em nada o que era antes. Depois disso, cheguei a ir em dia de semana para o Combu sozinha e foi muito tranquilo!

Antes de ir a Belém do Pará, li em muitos lugares indicando a ilha do Combu como principais atrativos e não é que ela não seja, mas é preciso ficar atento à algumas dicas para chegar à ilha.

Alguns blogs explicavam que era preciso ir até a Praça Princesa Isabel, no bairro do Condor, e pegar um barco de lá. Eles diziam que seria fácil e tranquilo chegar ao local e não foi.

Vou resumir a história: chegando lá descobri que a praça era um ponto pesado de tráfico de drogas. Fiquei com um “segurança” até o barqueiro me levar até o local, o que só foi possível pois dois paraenses chegaram para fazer o percurso comigo. 

Na volta, o barqueiro e dois caras que pareciam mega traficantes, estilo Pablo Escobar, tentaram fazer com que eu entrasse no barco deles e mais uma vez o casal paraense me salvou. Do outro lado do rio, mais uma vez fui escoltada até meu Uber chegar.

A dica é que talvez aos finais de semana isso não aconteça, fui em uma quinta-feira, e não vá sozinha para lá. Foi a situação que eu senti mais medo viajando sola na vida.

Onde comer em Belém do Pará?

Se tem uma coisa que eu amo nessa vida, é a comida do Pará! Para quem não conhece, os sabores podem parecer estranhos, diferentes do tradicional, mas a riqueza dos ingredientes te faz querer provar tudo. Sendo assim, aconselho que você se jogue nessa experiência gastronômica!

Minhas dicas de lugares e comidas são:

  • Comida vegetariana no Govinda e no Purão.
  • Peixe com açaí no Point do Açaí ou no Ver-o-Peso, depende do quanto quer gastar.
  • Açaí a qualquer hora no Amazônia na Cuia.
  • Filhote, que é um peixe, nos restaurantes da Estação das Docas.
  • Café da manhã na Casa da República e nas barracas de rua.
  • Comidas paraenses, como a maniçoba, no Tomaz Culinária do Pará.
  • Os melhores salgados assados de Belém, na Lanchonete Portinha
  • Tacacá do Renato ou o Tacacá da Dona Maria.
  • Unha de Caranguejo na Tia Maria Doceria.
  • Bolinho de pato no tucupi, no Amazon Beer.
  • Sorvetes de frutas locais, na Sorveteria Cairu.

Conheça as Danças e as Músicas Típicas do Pará

Os ritmos paraenses são contagiantes! Tente ficar parada ao ritmo do carimbó, do brega, do tecno-brega, do calipso e da guitarrada. Uma festa que reúne todos esses sons é a Lambateria. Fui e mega recomendo.

Legal ficar atenta à programação do Espaço Cultural Apoena e de shows dos grandes cantores do brega.

Saiba o que fazer em Santarém e em Alter do Chão!

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