No segundo dia do roteiro de dois dias em Milão optei por fazer um Free Walking Tour. Para falar a verdade, foi o primeiro que fiz na vida e adorei.
O que é um Free Walking Tour?
É um tour que você faz por algumas atrações da cidade a pé e sem um custo fixo. Um guia acompanha o grupo pelos locais de destaque e ao final do passeio cada um define quanto quer dar de dinheiro para ele.
Informações sobre o passeio
Peguei as informações sobre o Free Walking Tour como horário, inscrição, guia e localização no hostel mesmo. A maioria desse tipo de hospedagem na Europa tem alguma indicação do passeio que é bastante comum por lá.
O tour geralmente sai entre 9h e 11h do Duomo. Alguns saem a tarde também. O acesso de metrô até o local é bastante tranquilo. Chegando lá, procure o seu guia que deve estar com algum acessório para ser localizado facilmente. O meu tinha um guarda-chuva amarelo.
O roteiro dura cerca de 3h 30 com pausa para o almoço. Acredito que tenha opção de fazer em inglês e em espanhol. Não tem em português.
Meu grupo tinha apenas quatro pessoas: uma alemã e dois argentinos que moravam em Paris. Por isso, decidimos dar no mínimo 5 euros. Já ouvi dizer que tem gente que dá um ou dois euros e sai feliz.
Atrações no centro de Milão
Não vou colocar aqui as atrações exatamente na ordem em que visitei. Tudo é bastante perto e se a ideia não for fazer um tour sem guia, fica fácil de andar pela cidade e visitar suas principais atrações.
Duomo di Milano: seguindo o que já disse algumas vezes, a entrada à catedral é gratuita. Porém, se você quiser subir no terraço ou visitar o museu tem que pagar. Ao lado do Duomo tem um shopping, o La Rinascente Milano, você pode subir até o terraço e ver o monumento de cima.
Palazzo Reale: no palácio ocorrem algumas exposições temporárias. Dá para andar por ele na parte externa e no pátio gratuitamente para observar a arquitetura.
Santuario Di S. Bernardino Alle Ossa: dentro do santuário tem uma sala em que há vários ossos humanos. Assusta um pouco, mas vale a visita.
Università Degli Studi di Milani: o prédio é histórico, mas quando visitei, a universidade estava com várias instalações e atrações. Depois do tour ainda voltei nela e fiquei por um bom tempo.
Biblioteca e Pinacoteca Accademia Ambrosiana: biblioteca e galeria de arte em um prédio histórico ao lado da Chiesa di San Sepolcro.
Piazza Mercanti: na praça ficam o Palazzo della Regione, a Loggia de Osii, Le Scuole Palatine e La Casa dei Panagarola. O mais legal é fazer o seguinte no edifício que tem no centro da praça: uma pessoa fica em coluna e a outra na outra oposta. Elas podem conversar através das paredes.
Galleria Vittorio Emanuele II: a arquitetura da galeria é encantadora. Dentro dela, há lojas de grife, como: Prada e Versace. Além de restaurantes chiques e bastante caros. Repare nas fachadas das lojas que seguem um padrão.
Teatro Alla Scala: a casa de ópera é famosa em todo o mundo. Ela ainda está em funcionamento e nos dias de espetáculos não tem visitação.
Onde comer em Milão?
É tipo obrigatório experimentar o Panzerotti na Luini. O lugar é um pouco cheio, mas tem uma receita secreta de família que atrai muitos visitantes e locais. Ele é tipo uma fogazza só que frita típica da Puglia, mas que está em Milão desde o século XIX.
Outra dica é comer um doce na Panarello. A empresa foi fundada em 1885 em Genova. O doce mais vendido é o Cannoncino. Ele tem massa folhada e um recheio de creme.
Noite em Milão: Navigli
No post anterior eu falei de Brera para curtir a noite milanesa, nesse a dica é outra zona boêmia chamada Navigli. No bairro passa o Canal Naviglio Grande, o mais antigo de Milão.
Ao redor do canal estão bares e restaurantes. Geralmente você paga a bebida e pode comer à vontade. O visual é incrível com edifícios antigos. A vibe é um pouco alternativa com locais e turistas.
Para chegar, é possível pegar o metrô e descer na estação Porta Genova. A saída do fervo é pela Via Vigevano e tem que virar à direita na Via Corsico.